Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título VIGILÂNCIA DA SINDROME FEBRIL ICTÉRICA E/OU HEMORRÁGICA AGUDA NO ESTADO DO PARÁ
Autores
THAMYRIS ABREU MARINHO (Relator)
ALINY DE SOUZA SANTOS
VIVIAN D ANNIBALE CARTÁGENES
MARIA DO SOCORRO SANTOS DAS DORES
VANESSA BARROS DE SEIXAS DUARTE
Modalidade Pôster
Área Enfermagem em saúde coletiva
Tipo Pesquisa

Resumo
Objetivos: Analisar perfil epidemiológico de casos de Síndrome Febril Icterérica e/ou Hemorrágica Aguda (SFIHA) notificados e investigados pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NVE), Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), referência em infectologia no Norte do Brasil. Referencial Teórico: Doenças infecciosas de importância em saúde pública que cursam com febre, icterícia e/ou hemorragia podem ser agrupadas como SFIHA. Desde março de 2005 a vigilância sindrômica foi formalmente implantada no Pará, no HUJBB, com finalidade de aumentar a sensibilidade da vigilância epidemiológica (VE), melhorar oportunidade das intervenções, ampliar definição etiológica das doenças febris íctero-hemorrágicas, detectar doenças emergentes e reemergentes na região. Metodologia: Estudo analítico, descritivo, quantitativo, com análise de dados de pacientes notificados como SFIHA pelo NVE, HUJBB, representando todos do Pará, julho/05 a dezembro/07. Análise dos Resultados: Notificados 124 casos de SFIHA, 58,1% (72/124) confirmadas, 9,8% (12/124) descartados, 32,1% (40/124) inconclusos por problemas laboratoriais. Dentre as confirmadas, 93,1% (67/72) laboratorialmente, 6,9% (5/72) critério clínico-epidemiológico, 86,1% (62/72) altas, 13,9% (10/72) óbitos, 76,4% (55/72) homens, 23,6% (17/72) mulheres. Diagnósticos confirmados mais incidentes: leptospirose (42,2; 34/72), hepatite A (19,5%;14/72), dengue (16,7%; 12/72). Adultos jovens de 18 a 45 anos foram mais acometidos (57,0%; 71/124) e houve crescimento de notificações em 2007. Quadro clínico apresentou-se: SFIHA (49,1%; 61/124), SFIA (33,9%; 42/124) e SFHA (16,9%; 21/124). Conclusão: Doenças endêmicas foram mais incidentes. Vigilância sindrômica mostra-se mais efetiva, mas precisa ser fortalecida através de ações que envolvam a rede assistencial e laboratorial enquanto protagonistas do sistema de VE, articuladas pelo governo que subsidia as políticas de saúde, para que se tenha aumento da sensibilidade e qualidade da VE.