No Brasil é alarmante o número de mulheres que desenvolvem o câncer de colo do útero. Estudos do INCA demonstram que este é o segundo tipo de câncer mais comum entre elas, sendo responsável pelo óbito de 230 mil mulheres por ano. Sabe-se hoje que para o surgimento do câncer de colo do útero a condição necessária é a presença da infecção pelo HPV. Os fatores de risco, como: tabagismo, multiparidade, multiplicidade de parceiros sexuais, infecções genitais de repetição e a baixa condição socioeconômica também favorecem o surgimento da neoplasia. Tal pesquisa objetiva analisar o perfil das clientes atendidas em uma Unidade Básica de Saúde de Belém, com relação aos fatores de risco associados ao CA de colo uterino. A pesquisa foi realizada em uma UBS de Belém. Os dados foram obtidos através da aplicação de entrevista semi-estruturada, abordando aspectos sócio-econômicos e aspectos relacionados ao tema, à 30 mulheres na faixa de 19 a 48 anos que utilizam os serviços ginecológicos da unidade. A análise dos resultados foi baseada em uma pesquisa de abordagem quantitativa com caráter descritivo. Entre as mulheres entrevistadas, pôde-se observar que apenas 33% destas não apresentavam fatores de risco para o câncer de colo uterino. Enquanto que mais de 34% apresentavam somente um fator de risco; aproximadamente 22% tinham associados dois fatores de risco, como por exemplo, multiparidade e infecções genitais por repetição; e cerca de 11% apresentavam três fatores de risco para o câncer cérvico-uterino. A partir dos resultados nota-se que a percentagem de mulheres apresentando um, dois ou múltiplos fatores de risco relacionados ao CA de colo uterino ainda é elevado. Destacamos a importância de ações que podem e devem ser implantadas para uma efetiva promoção e prevenção da saúde da mulher no campo da saúde pública e atenção básica, voltadas para a prevenção desses fatores, assim como a realização periódica do exame Papanicolau nessas mulheres. |