Esse trabalho relata uma experiência realizada por acadêmicos da área da saúde a cerca da prevenção do câncer do colo de útero, com o propósito de identificar os fatores associados à não realização do exame preventivo Papanicolau a partir de perspectivas de usuárias de uma Unidade de Saúde da Família no município de Aurora-CE. A prevenção do câncer cervical uterino no Brasil representa um dos grandes desafios para a saúde pública, uma vez que ainda existem barreiras que interferem diretamente na existência de novos casos, como: desconhecimento de mulheres sobre o próprio corpo; dificuldade de acesso aos serviços de saúde; falta de qualidade e humanização no atendimento (BRASIL, 2002). O estudo seguiu o modelo quanti-qualitativo com abordagem descritiva, onde a população era composta por todas as mulheres que realizavam o planejamento familiar através da consulta de enfermagem disponível na referida unidade, todavia a amostra constituiu-se de 20 mulheres de 18 a 45 anos de idade, sendo a coleta realizada através de um questionário semi-estruturado em situação individual. Através da análise do conteúdo foram obtidos resultados esperados, visto que os dados coletados indicaram que cerca de 51% das entrevistadas nunca tinham realizado o exame citopatológico ou estavam inadimplentes com o período máximo de freqüência para tal realização. Os fatores associados a esses resultados correspondem principalmente ao preconceito, à timidez, ao desconhecimento da existência do exame e à proibição pelos parceiros. A pesquisa foi considerada pela equipe como eficaz, tendo em vista que houve uma interação com a clientela que possibilitou identificar os motivos de uma elevada incidência na não adesão ao exame preventivo com, conseqüente, alcance de objetivos. |