OBJETIVOS: Caracterizar a representação social de comunicantes de hanseníase sobre a doença. Analisar as implicações dessa representação social para as orientações de enfermagem. REFERENCIAL TEÓRICO: A pesquisa empregou os pressupostos teóricos das representações sociais, segundo Moscovici e Jodelet. METODOLOGIA: Este estudo é exploratório-descritivo, com uma abordagem qualitativa. Foi empregada a entrevista semidirigida com oito comunicantes, e a técnica de análise foi a temático. ANÁLISE DE RESULTADOS: Comunicantes de hanseníase frente aos aspectos sociais da doença – O impacto provocado pela doença, sem dúvida, interfere no cotidiano dos indivíduos que representaram à hanseníase como uma ameaça constante da incerteza do sucesso do tratamento, pois a condição do ser hanseniano é carregada de estigma, marcada por sofrimento, abandono, deformidades e problemas psicossociais. Orientações de enfermagem: um bem necessário aos comunicantes – A relação que caracteriza o ensinar e o aprender transcorrem a partir de vínculos entre as pessoas e inicia-se no âmbito familiar. A base desta relação é de vínculo afetivo, pois é realizada por meio de uma comunicação emocional, garantindo assim os cuidados que necessita. As ações educativas devem ser direcionadas à família, independente de quem seja o portador da hanseníase, visando à promoção da saúde, à prevenção e o controle da doença. As medidas educativas devem contribuir com a qualidade de vida dos indivíduos como um todo. CONCLUSÃO: Entendemos que os comunicantes de hanseníase acreditam em uma série de mitos e preconceitos, dificultando muitas vezes, seu relacionamento com o familiar acometido pela patologia. Cabe ao enfermeiro orientar de maneira acessível ao entendimento desses comunicantes, estabelecendo assim o retorno da harmonia familiar, servindo então esta pesquisa de base para modelos assistenciais em UBS e PSF’s ou qualquer outra unidade que vise o paciente de maneira holística. |