Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título DST E AIDS EM REGIÃO DE FRONTEIRAS:UM ESTUDO COM CAMINHONEIROS NO ESTADO DE RONDÔNIA
Autor
ELIAS MARCELINO DA ROCHA (Relator)
Modalidade Pôster
Área Enfermagem em saúde coletiva
Tipo Dissertação

Resumo
Este estudo buscou identificar conhecimentos, atitudes e práticas de caminhoneiros relacionados às DST/Aids em região de fronteiras. Os caminhoneiros de estrada constituem uma categoria profissional com grande relevância no desenvolvimento econômico de um país. Trata-se de uma pesquisa exploratório descritiva, sendo que a coleta de dados foi realizada através de um questionário semi-estruturado. As entrevistas foram realizadas em postos de gasolina e postos fiscais. Participaram 240 caminhoneiros nos meses de Abril a Junho de 2007, no Estado de Rondônia. A maioria dos entrevistados reside nos estados de Rondônia, Paraná e Mato Grosso; estão incluídos na faixa etária entre 30 e 39 anos, 76% dos entrevistados relataram ser casados, 56,8% disseram ter o ensino fundamental incompleto e 75,3% afirmaram ser católicos. Entre os participantes, 75,8% dos motoristas trabalham como prestador de serviços às empresas e somente 21,3% são proprietários dos caminhões. Entre as dificuldades mencionadas, aparecem os seguintes aspectos: péssimas condições da malha rodoviária (45%), ausência da família (24,6%) e fiscalização deficitária (14,6%). O período de descanso é realizado em postos de gasolina no próprio caminhão (80,6%) e 27,5% deles trabalha mais do que 20 dias consecutivos. Em relação ao comportamento sexual, 76% dos homens casados procura por sexo quando ficam mais de 20 dias distante da família, 92,2% relataram utilizar a camisinha para prevenção de DST/Aids. Entre os entrevistados, 26,7% já tiveram algum tipo de DST, sendo que 72,5% relataram que a gonorréia é a doença mais comum entre eles. No que se refere ao tipo de sexo praticado, 57,8% dos participantes disseram praticar sexo vaginal, elegendo como maior risco de contaminação para as DST/Aids, as prostitutas e os próprios caminhoneiros. Concluiu-se que a maioria dos caminhoneiros tem relações sexuais durante as viagens e não sabem realmente quais os riscos a que estão submetidos, vivendo em constante vulnerabilidade.