Objetivo: o estudo objetivou investigar a prevalência de vulvovaginites em adolescentes atendidas na Unidade Básica de Saúde Osman Ayres na cidade de Patos-PB. Referencial Teórico: as vulvovaginites constituem um dos problemas ginecológicos mais comuns e incomodativos que afetam a saúde da mulher, correspondendo cerca de 70% das queixas em consultas médicas. A vaginose bacteriana, a candidíase e a tricomoníase são os processos infecciosos vaginais mais freqüentes, causadas respectivamente por bactérias (Gardnerella vaginalis), fungos comensais (principalmente Candida albicans) e protozoário (Trichomonas vaginalis). Métodos: foi realizado um estudo descritivo retrospectivo com abordagem quantitativa utilizando o livro de protocolo de entrega de resultados de exames citopatológicos cérvico-vaginais, sendo revisados 671 resultados no período de julho de 2004 a abril de 2008. O programa Epi-Info, versão 3.3.2 foi utilizado para processar e avaliar os dados. Destes, foram coletados os dados das adolescentes menores de 20 anos com vulvovaginites (n=19). A faixa etária foi definida com base no critério utilizado pela Organização Mundial de Saúde, de 10 a 19 anos. Resultados: as adolescentes tinham em média 17,5 anos. Observou-se uma variação de casos positivos para o fungo Candida sp (68,4%), a bactéria G. vaginalis (21%) e o protozoário T. vaginalis (10,5%). Todas as vulvovaginites estudadas foram mais freqüentes em adolescentes de 17 a 19 anos. Conclusão: verificou-se que a ocorrência de Candida sp é elevada em mulheres na faixa etária de 17-19 anos, destacando esta vulvovaginite como a mais freqüente infecção do trato genital feminino, na população estudada. É importante que ocorram ações voltadas a essa população através de esclarecimentos e orientações. O Enfermeiro deve desenvolver medidas que possibilitem o controle e a prevenção de novos casos para a redução da incidência dos problemas ginecológicos entre as adolescentes. |