Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFECÇÃO HOSPITALAR
Autores
JADNA MONY GREGÓRIO FREITAS (Relator)
THOMPSON LOPES DE OLIVEIRA
MARGARET OLINDA DE SOUZA CARVALHO E LIRA
Modalidade Pôster
Área Infecção hospitalar
Tipo Pesquisa

Resumo
Diz-se infecção hospitalar, institucional ou nosocomial aquela adquirida em ambientes hospitalares ou outras dependências médicas, inclusive as diagnosticadas 14 dias após hospitalização ou procedimentos médicos. É geralmente provocada pela própria flora bacteriana que sofre desequilíbrio em decorrência da doença, dos procedimentos invasivos e do contato com a flora hospitalar, bem como, por patógenos de origem externa. As infecções hospitalares são tão antigas quanto a origem dos hospitais, e têm grande valor na história destes. No século XIX os médicos Ignaz Semmelweis e Oliver Wendell Holmes, implantaram a prática da lavagem das mãos para o controle das infecções cruzadas nos hospitais. Entre 1854 e 1855, a enfermeira inglesa Florence Nightingale, implantou medidas de higiene e limpeza no hospital em que assistia os feridos na guerra da Criméia. Tal estudo descritivo de revisão bibliográfica tem por objetivo fazer um apanhado quanto à prevalência da infecção hospitalar. No Brasil, a taxa média de infecção hospitalar é de cerca 15%, apesar da subnotificação, sendo que nos EUA e na Europa é de 10%. No Brasil, foi realizado um estudo em 1994 pelo Ministério da Saúde, o qual mostrou uma taxa de pacientes com infecção hospitalar de 13% e taxa de infecção hospitalar de 15,5%. Os maiores índices foram observados em hospitais públicos. Outro estudo realizado no Brasil na década de 80 comparou a incidência de infecção hospitalar em dois períodos e verificou que nos hospitais que implantaram ações de controle de infecção ocorreu uma queda relativa de 32% nas taxas de infecção hospitalar. Já nos hospitais sem um programa de controle estabelecido estes indicadores aumentaram 18%. Vê-se com isso que a temática merece atenção por parte dos profissionais da saúde e administração hospitalar e das políticas públicas, por sua relevância em relação aos custos financeiros e biopsicossociais.