Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título ATENÇÃO DO ENFERMEIRO AO PORTADOR DE DOENÇA CRÔNICA SOB A ÓTICA DA SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
Autores
MARÍLIA ENÉZIA BEZERRA DE OLIVEIRA (Relator)
MARIA AUGUSTA VASCONCELOS PALÁCIO
WILLYS DA SILVA SANTOS
SANDRA MARA PIMENTEL DUAVY
ANA MARIA PARENTE GARCIA ALENCAR
Modalidade Pôster
Área Outros
Tipo Pesquisa

Resumo
Foram analisadas as ações de Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) desenvolvidas pelos enfermeiros da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município do Crato-CE aos portadores de doenças crônicas, bem como o conhecimento desses profissionais a respeito desta temática. A SAN representa o direito de todos os indivíduos ao acesso regular e permanente a uma alimentação adequada, que tenha como base, práticas alimentares promotoras de saúde. Dentre as suas vertentes encontra-se o desenvolvimento de ações de nutrição na Atenção Básica à Saúde para portadores de doenças crônicas não-transmissíveis, em particular os hipertensos e diabéticos, que são trabalhados no programa de saúde da família. Tratou-se de um estudo descritivo e exploratório com abordagem quantitativa, desenvolvida no período de novembro de 2007 a maio de 2008 com todos os enfermeiros (n=27) das Equipes de Saúde da Família de Crato-CE. Utilizou-se para a obtenção dos dados uma entrevista estruturada e os dados foram analisados por tabulação marginal. Verificou-se que apenas 33,3% dos entrevistados conheciam sobre SAN e que dentre todos, 48,1% desenvolviam atividades de SAN além das orientações dietéticas. Todos os profissionais referiram dificuldades para o não desenvolvimento dessas atividades, destacando-se: a questão sócio-econômica e cultural dos pacientes, a falta de tempo e/ou capacitação dos enfermeiros e a ausência de um nutricionista na equipe. Concluiu-se que o conhecimento dos enfermeiros da ESF sobre SAN é insatisfatório para implementarem ações profícuas e de forma consistente para o tratamento dos portadores de doenças crônicas, pois necessitam de acompanhamento que ultrapassem as consultas que determinam apenas o que pode ou não ser consumido – orientação dietética, sendo interessantes atividades que incluam educação em saúde, formação de grupos terapêuticos ou outras estratégias que possibilitem maior integração entre profissionais e clientes durante o tratamento não medicamentoso.