Este estudo relata uma experiência com uma paciesISTEMATInte diabética (R.F.F., 59 anos) durante o período de 23 a 30/03/2008, no setor Clínica Cirúrgica da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, no Ceará. Objetivamos realizar o Processo de Enfermagem, buscando uma melhoria da assistência no ato de cuidar em paciente diabética. Foi registrado que a paciente era diabética descompensada e obesa. Chegou no nosocômio já vindo de internações anteriores, apresentando “Fascite necrotizante”. Esta, inicialmente se apresentou em uma área hiperemiada da parede abdominal que evoluiu para um grande edema com secreção viscosa e descamação, sendo feita limpeza cirúrgica de tecidos desvitalizados, evoluindo com choque séptico e posteriormente estabilização hemodinâmica. O motivo de todos esses eventos se deu por conta de uma reutilização de agulha de insulina, já que a paciente era insulino-dependente, aplicando no abdômen por três dias consecutivos, sem nenhum procedimento asséptico, infeccionando o local. Foi feita uma solicitação de concentrado de plaquetas e hemácias. Foi transferida para o bloco cirúrgico para realizar limpeza cirúrgica, para uma nova retirada de tecidos desvitalizados nas bordas. Recebeu transfusão de plasma. Estava com uma dieta livre, mas apropriada para diabéticos. Era realizado banho no leito e logo após era trocado o curativo, uma vez que a área afetada eliminava secreção serosa e purulenta. Foi dado sequenciação ao esquema de antibioticoterapia e insulinas (de acordo com o valor glicêmico). Recebeu transfusão de hemácias. A paciente não apresentava alterações no quadro clínico, permanecia sondada, inicialmente não defecava e nem flatulava, mas com o passar dos dias o seu processo fisiológico foi evoluindo, no entanto a paciente não resistiu e veio ao óbito. A justificativa do óbito foi sepse generalizada. Conclui-se que o fator desencadeador da ocorrência e gravidade do caso se deu por conta da reutilização de agulhas de forma errônea. |