A gestação traz em si, risco para a mãe e/ou para o feto. No entanto, parte deste risco está aumentado e é então incluído entre as chamadas gestações de alto risco, que embora pouco freqüentes, representam necessidade absoluta de acompanhamento pré-natal especializado, que poderá preservar a saúde tanto do feto, como mãe. É definida como sendo anormalidade de natureza plurifatorial onde as causas mais importantes são as cromossomiais, as gênicas, as ambientais e as multifatoriais. Este estudo apresenta como objetivo geral avaliar os sentimentos e reações das gestantes frente ao resultado de anomalia fetal e/ou congênita. O caminho metodológico enquadra-se em abordagem qualitativa do tipo exploratório-descritiva, cujo instrumento para coleta de dados foi o roteiro de entrevista contendo questões objetivas e subjetivas. Amostra constituída de gestantes e/ou puérperas que aceitaram participar da pesquisa e que tiveram exames comprovados no que se refere a anomalias. O local da pesquisa foi em uma Maternidade da cidade de João Pessoa – PB e por mães conhecidas que se incluíram no caso, no período de março de 2006. Os dados foram analisados à luz do discurso do sujeito coletivo e embasado no referencial teórico. Ao final do estudo observamos que maioria das mães sentiram-se angustiadas no momento da informação, mas com passar do tempo foram se acalmando; 100% revela ter feito pré-natal. Duas das participantes relatam que descobriram a anomalia no puerpério e uma que descobriu ainda no período gravídico. A maioria das colaboradoras diz sentir medo, insegurança, tristeza e depressão. Também relatam ter certa dificuldade em relação a criação dos seus filhos, principalmente pela superproteção que depositam neles; em relação ao desenvolvimento escolar, diz que seu filho não teve problema algum por parte dos colegas, outra diz que seu filho não freqüenta escola e a outra relata que sua filha teve um relacionamento bastante complicado com seus colegas, enfrentando preconceito. |