Este estudo objetiva avaliar a freqüência de Candida sp em mulheres atendidas na Unidade Básica de Saúde Osman Ayres na cidade de Patos-PB. A candidíase vulvovaginal é a segunda infecção vaginal mais comum no mundo, precedida apenas pela vaginose bacteriana (SHIMP, 2002). É uma infecção da vulva e vagina, causada por um fungo comensal que habita a mucosa vaginal e digestiva, que cresce quando o meio torna-se favorável para o seu desenvolvimento. Cerca de 80% a 90% dos casos são devidos à Candida albicans e 10% a 20% a outras espécies chamadas não-albicans (C. tropicalis, C. glabrata, C. krusei, C. parapsilosis). Os sinais e sintomas característicos da candidíase são: prurido vulvar intenso (principal sintoma); corrimento branco grumoso, inodoro e com aspecto caseoso; disúria; ardor à micção; dispareunia; placas esbranquiçadas; edema e eritema vulvar (BRASIL, 2006). Foi realizado um estudo retrospectivo utilizando o livro de protocolo de entrega de resultados de exames citopatológicos cérvico-vaginais na referida unidade, sendo revisados 671 resultados no período de julho de 2004 a abril de 2008. Destes, foram coletados os dados das pacientes com Candida sp, de forma isolada ou associada com outros microrganismos (n=140). Para a análise estatística utilizou-se o programa Epi-Info, versão 3.3.2. A freqüência de Candida sp do total analisado foi de 20,9%. A ocorrência de Candida sp em associação com os Lactobacilos predominou em 40,7% dos casos; Candida sp + Lactobacilos + Cocos em 23,6%; Candida sp isoladamente em 15% e Candida sp + Cocos em 14,3% dos casos. Diante do exposto, o presente estudo permite concluir que a freqüência de Candida sp foi maior em mulheres de 20-29 anos (36,4%). O profissional de enfermagem, como agente ativo de saúde pública e interveniente junto às pacientes, tem papel fundamental na prevenção e combate às práticas que favorecem o aparecimento dessa infecção de alta prevalência em mulheres. |