O número crescente de idosos asilados no Brasil é fruto do processo de envelhecimento pelo qual vem passando a população brasileira, que, segundo projeções do IBGE até 2025 assumira a sexta colocação entre os países mais velhos. No entanto, o crescimento da população nessa faixa etária não tem sido acompanhado por um processo de inclusão social, o que tem levado uma grande parcela desses idosos a uma vida de isolamento e solidão em inúmeras instituições asilares. Segundo Oliveira et al (2006), as pessoas admitidas num asilo tornam-se membros de uma nova comunidade, vivenciando uma radical ruptura com seus vínculos relacionais afetivos, o que provoca naturalmente um afastamento da vida “normal”. O objetivo deste trabalho é relatar as dificuldades vivenciadas no decorrer de um projeto de extensão universitária que visa à reintegração social de idosos asilados em Vitória de Santo Antão-PE. O projeto é desenvolvido semanalmente por um grupo de alunos e professores do curso de enfermagem e nutrição da Universidade Federal de Pernambuco. Durante as reuniões com os idosos são desenvolvidas palestras e dinâmicas de grupo, tendo como instrumentos: vídeos, músicas, danças, trabalhos artesanais, teatro e jogos, visando com essas atividades recreativas proporcionar a reintegração social desses idosos. Como dificuldades identificadas do decorrer desse trabalho podemos citar: a reduzida participação dos asilados nas atividades do projeto (cerca de 25%), a baixa adesão do homens aos grupos de trabalho, e, como maior obstáculo, podemos apontar a grande dificuldade em lidar com os asilados com nível de consciência comprometidos ou que necessitassem de atenção especializada. A partir desses resultados pudemos observar que são muitas as barreiras a serem ultrapassadas para o alcance da melhoria da qualidade de vida e reintegração social de idoso asilados, mas são a partir dessas observações que poderemos criar estratégias para superar esses problemas. |