Entre as experiências corporais, emocionais, afetivas e amorosas que ocorrem na pré-adolescência, a descoberta da sexualidade é considerada um marco na vida do indivíduo. Vários fatores podem influenciar de modo adverso na saúde sexual e reprodutiva do pré-adolescente, comprometendo o seu processo natural de crescimento e desenvolvimento. A escola, devido disponibilidade de acesso aos jovens e à natureza educacional do seu trabalho, é considerada, um local privilegiado para programas de prevenção dirigidos aos pré-adolescentes. Diante do exposto, tivemos como objetivo aplicar estratégias educativas, através de oficinas participativas, para pré-adolescentes. Estudo exploratório desenvolvido por um grupo de alunos de enfermagem em uma escola municipal de Fortaleza, no primeiro semestre de 2007. Foram selecionados 20 alunos na faixa etária de 9 a 14 anos. No início de cada encontro foi desenvolvida uma dinâmica interativa referente ao tema abordado com valorização do eu-individual, eu-coletivo e senso coletivo. Foi percebida a recusa da maioria dos participantes do sexo masculino em desenhar o corpo feminino com as suas características sexuais. O mesmo sendo observado na maioria dos participantes do sexo feminino. A maior parte dos participantes considerou a gravidez na adolescência como algo ruim, relatando motivos diversos. Os participantes expressaram a necessidade de maiores esclarecimentos sobre a expressão da sexualidade e as DST/ AIDS, verificando-se, dessa maneira, a necessidade de inserção de ações educativas em saúde dentro dos currículos escolares. Concluímos que o enfermeiro educador deve continuar a fornecer aos jovens os elementos gerais que possam orientá-los e ajudá-los a promover o autocuidado, utilizando os instrumentos pedagógicos apropriados a essas realidades específicas. |