OBJETIVO: Determinar a freqüência de mulheres que realizam o auto-exame e contribuir com dados epidemiológicos já existentes sobre a saúde feminina. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado em duas Unidades Básicas de Saúde do Sistema Único de Saúde/Pará, numa amostra de 100 mulheres selecionadas aleatoriamente, utilizando-se um questionário que busca dados socioeconômicos e conhecimentos relativos ao auto-exame das mamas, no período de março a junho de 2008, na região metropolitana de Belém. REFERENCIAL TEÓRICO: O auto-exame das mamas tem se mostrado uma das principais medidas de prevenção primária do câncer de mama. Segunda neoplasia que mais afeta o organismo feminino no Estado do Pará é temido entre as mulheres por afetar diretamente sua imagem pessoal e sexual. Deve ser realizado mensalmente por todas as mulheres a partir de 21 anos de idade, sete dias depois do início da menstruação. RESULTADOS: Das 100 entrevistadas, constatamos que 42 mulheres (42%) realizam o auto-exame das mamas e 58 (58%) não realizam, o dado encontrado é positivo, mostrando que possivelmente as campanhas de alerta relacionando o exame com a prevenção primária do câncer de mama sejam um estímulo para realização deste. Porém nas mulheres com grau de escolaridade e renda menor, a média de realização do auto-exame ainda é baixa, são apenas 32.69% que realizam o auto-exame, contra 52,08% em mulheres com grau de instrução superior e renda acima de 3 salários, mostrando que ainda existem grupos populacionais específicos que necessitam de conhecimento e educação em saúde relacionada ao auto-exame das mamas. CONCLUSÃO: Em nossas pesquisas nos debatemos com um número ainda precário de trabalhos nesta área, e devido à importância já citada do auto-exame das mamas sugerimos ampliar o acesso de informações àquelas mulheres em condições socioeconômicas desfavoráveis, além da adoção de medidas com métodos mais eficazes, principalmente voltados para mulheres inclusas no grupo de risco. |