O estudo aborda a Assistência de Enfermagem ao paciente em Pós-Operatório Imediato (POI) na Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA), que segundo BRUNNER & SUDDART (2005) consiste em fornecer o cuidado até que o paciente tenha se recuperado dos efeitos da anestesia, esteja orientado, apresente sinais vitais estáveis e não mostre evidências de hemorragia nem outras complicações. Este estudo apresenta importante relevância uma vez que URPA deve ser um local completamente destinado aos cuidados com a recuperação do paciente após este ter sido submetido a algum procedimento cirúrgico, onde devem ser realizados exames de avaliação cardiológica, verificação dos níveis de oxigenação, cuidados com a ferida operatória e, acima de tudo, deve haver um ambiente de silêncio na tentativa de se promover conforto ao paciente. Durante a aula prática em um Hospital público de Belém a observação de certas contradições realizadas na URPA, nos despertou o desejo de observar mais atentamente tal realidade. Resolveu-se então avaliar a atuação da equipe de Enfermagem dentro da URPA e analisar a execução da SAE desenvolvida no referido espaço do Hospital. O estudo se desenvolveu a partir de uma abordagem qualitativa na forma de estudo de caso clínico, tendo como sujeito da pesquisa uma paciente do sexo feminino de 54 anos de idade, procedente de Belém-PA. Foi realizada a coleta de dados a partir de uma entrevista semi-estruturada, seguida da técnica da observação livre. Obtiveram-se como resultados insuficiência da SAE prestada à paciente, uma vez que, não foram seguidos todos os passos necessários para a avaliação de estabilidade da mesma e o ambiente da unidade estava barulhento e desagradável. Conclui-se com os resultados que a equipe de Enfermagem que atuava na Unidade não tinha uma organização nas várias etapas de atendimento dispensado à paciente e consequentemente ocorre um decréscimo da qualidade da assistência. |