Nos últimos anos, tem-se observado que a finalidade dos projetos de saneamento tem recaído em um viés ambiental, que visa não só a promoção da saúde dos homens, mas, também, a conservação do meio físico e biótipo. Embora o investimento em saneamento traga grandes benefícios à nação, dentre eles, a melhoria da saúde da população e a redução dos recursos aplicados no tratamento de doenças, pouca atenção tem sido dada às ações cotidianas dos profissionais de saúde para a prevenção de doenças decorrentes da falta de saneamento ambiental. Esta pesquisa teve por objetivo central investigar o papel dos profissionais de enfermagem para a prevenção de doenças decorrentes da falta de saneamento ambiental. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, de base qualitativa, exploratória, a partir do confronto teórico de autores e teorias consagradas sobre a problemática abordada. Observamos que pouca atenção tem sido dada à atuação da enfermagem em problemas de saneamento ambiental, particularmente nas ações preventivas, seja no âmbito individual ou coletivo, que poderiam minimizar a ocorrência de doenças como parasitoses e infecções decorrentes de ambientes degradados e insalubres. Portanto, é possível afirmar que o enfermeiro possui um importante papel nesse processo de enfrentamento dos problemas de saneamento ambiental, mas que não é devidamente estimulado para a promoção da saúde nesta área. Neste sentido, as poucas pesquisas realizadas neste campo indicam a necessidade de capacitação dos profissionais de enfermagem para uma melhor análise e avaliações dos problemas enfrentados pelos pacientes, a partir da valorização da realidade por eles vivenciada, de tal forma que as estratégias, percepções e ações da população sejam o ponto de partida para o desenvolvimento de medidas de prevenção e promoção da saúde. |