Introdução: O leite materno constitui a forma mais adequada de alimentação do recém-nascido, sendo nutricionalmente superior a qualquer alternativa. No entanto, o desmame e a introdução precoce na alimentação artificial às crianças são práticas constantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde, ainda é muito deficiente o número de crianças amamentadas. Objetivos: Identificar a percepção de mães acerca do AME e analisar os fatores determinantes da introdução de alimentação artificial. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória qualitativa realizada junto a 10 mães atendidas por uma UBS no centro de Patos-PB, cujos filhos têm menos de seis meses e já recebem alimentação artificial, os dados foram coletados através de um questionário semi-estruturado e analisados a luz da estatística descritiva. A amostra foi caracterizada quanto ao nível de orientação sobre a importância da amamentação exclusiva, quanto aos fatores que influenciaram na introdução de alimentos artificiais e outros problemas particulares. Resultados: 80% das mães foram orientadas quanto à importância do AME durante o pré-natal. Quanto aos fatores que influenciaram a introdução da alimentação artificial foram citados: insuficiência de leite materno (40%), problemas relacionados com as mamas (50%) e rejeição do leite materno pela criança (10%). 30% das mães relatam que os filhos apresentaram problemas gastrintestinais. 20% mantêm a concepção de que o desmame precoce não acarreta prejuízo a saúde da criança. Conclusão: Constatou-se que na prática não há efetividade quanto ao que é orientado durante o pré-natal, suscitando a necessidade de repensar a forma com tais orientações estão sendo transmitidas. É responsabilidade da enfermagem promover o sentimento de competência e de confiança na mãe, reforçando a valiosa contribuição que a amamentação trás a saúde e ao bem estar do seu filho. |