O presente estudo refere-se aos cuidados paliativos, entendido como o cuidado ativo e total a pacientes que se apresentam fora de possibilidades de cura. O objetivo foi compreender a vivência de pacientes oncológicos que recebem cuidados paliativos. O estudo se desenvolveu a partir de uma abordagem descritivo-qualitativa, sendo utilizado o método monográfico (estudo de casos). Foram informantes sete pacientes entre os internados na clinica de cuidados paliativos e os que recebiam o serviço de visita domiciliar de um Hospital de referência oncológica do Estado do Pará. Através da entrevista semi-estruturada obtivemos os dados, que foram analisados seguindo o modelo de análise temática de Bardin, dentre as categorias identificadas nas falas dos sujeitos destacou-se o Tratamento/equipe de enfermagem. O tratamento se dar especialmente para o controle da dor, a fim de proporcionar o conforto e o bem estar para o paciente. Os resultados das entrevistas revelaram que os pacientes encontravam-se frágeis emocionalmente, lhes davam uma expectativa de cura, sentiam-se confortados pelos cuidados oferecidos pela equipe de enfermagem, tinham na família ou cuidador familiar seu eixo de ancoragem na ocorrência de agravos físicos e emocionais. Destacou-se ainda a relevância da presença do enfermeiro na quipe dos cuidados paliativos, mantendo contato diário com a familia e com o paciente, no intuito de não somente realizar cuidados, mas também, proporcionar o bem estar e conforto necessários. Identificamos que ocorreram dificuldades em revelar a verdade sobre o diagnóstico e a falta de possibilidade de cura. Foi possível, portanto, compreender no envolvimento com estudo, o quanto é difícil vivenciar a proximidade da morte, momento que deixa o ser humano impotente e vulnerável a tantos fatores e que os cuidados paliativos ora aparecem como uma possibilidade de conforto, ora como um adiantamento do sofrimento, mas que talvez sejam necessários. |