Trata-se de um estudo bibliográfico referente à humanização dos cuidados de enfermagem aos portadores de distúrbios mentais, objetivando demonstrar a importância da assistência humanizada de enfermagem em clientes com doença mental para o alcance de uma melhor qualidade de vida, mostrando também, um pouco dos aspectos sócio-históricos envolvidos. Como metodologia para construção do presente foi feita uma busca ativa em artigos da base de dados SCIELO, livros, e dissertações para a formação de um banco de dados, sendo estes submetidos à análise para validação dos pontos abordados a respeito do assunto estudado. Como principal resultado, obtivemos que aproximar as relações entre o enfermeiro e o cliente, que hoje andam um pouco afastadas, é o primeiro passo ao trabalhar com humanização em saúde mental. A enfermagem voltada à saúde mental tem suas raízes no superado modelo hospitalocêntrico, caracterizado pelo modo de cárcere ao paciente nos chamados hospícios para a “reeducação dos loucos” sob o olhar médico vigente da época. Na enfermagem moderna em saúde mental o processo do cuidar ao paciente é muito mais que uma “reeducação”, é um processo amplo que almeja dentre muitos fatores, a qualidade de vida. Diz Goulart (1982) que para que haja um cuidado autêntico por parte do enfermeiro, não é necessário que esse modifique a estrutura social da instituição, mas atue de forma humanitária. De acordo com Lepargneur (2003 apud Mota et al., 2006,) humanizar é saber promover o bem comum acima da suscetibilidade individual ou das conveniências de um pequeno grupo. Conclui-se que ser doente mental não exclui a qualidade de ser humano, requerendo respeito e atenção com relações humanizadas visando um mais alto nível de qualidade de vida fundamentadas na humanização e, assim, alcançar novo tipo de pensamento e a formação do profissional de saúde comprometido com a reconstrução social. |