Esse estudo teve como objetivo correlacionar a gravidez na adolescência aos fatores sócio-demográficos e inter-relacionar a idade da primeira experiência sexual com a gestação. Ressalta-se que a gravidez na adolescência tem sérias implicações físicas e emocionais que traz inúmeras conseqüências na vida das mulheres, tais como responsabilidade de educar seus filhos. Nessa perspectiva, buscou-se desenvolver essa pesquisa com jovens acompanhadas pelas USF, no bairro Seminário da cidade do Crato-CE, 2007, sendo definido como limite etário dos 12 aos 19 anos de idade. A relevância dos problemas surge, devido afetar a vida dessas mulheres tanto na esfera pessoal, com mudança de comportamento, como na social, com compromissos para manter o filho. Os métodos adotados consistiram em pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, utilizando um questionário composto de perguntas objetivas a qual versavam sobre variáveis sócio-econômicas e história gineco-obstetra. Utilizou uma população amostral de 28 mulheres solteiras, em que as entrevistas foram realizadas nas residências de cada uma. Os resultados obtidos neste inquérito mostraram que a gestação está cada vez mais freqüente e ocorrendo com idade cada vez menor, a maior parcela das adolescentes tinha renda familiar de dois salários mínimos, as jovens relataram a ausência de temas sobre sexualismo nas escolas, constatou-se, também, que 82,14% da população tiveram a menarca e a primeira experiência sexual entre 12 e 16 anos, 46,43% usaram preservativos nas primeiras relações sexuais, 78,57% perfazia o grupo de mulheres na primeira gestação, 10,71% apresentavam DST e, ainda, sabiam da existência dos contraceptivos, porém acreditavam que a gravidez estava relacionada a idade. Assim, conclui-se que os estudos quantitativos referentes à temática são importantes fontes para investigações e mostram a necessidade de ser implementadas políticas de saúde no que aborda os ambientes escolares. |