O Estatuto da Criança e do Adolescente aumentou as denúncias de maus-tratos e levou o poder público a unir-se aos vários setores da sociedade, buscando encontrar uma eficiente política de saúde e de educação que favoreça a interrupção do ciclo da violência. Objetivou-se neste trabalho relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará na produção de uma oficina educativa sobre violência entre adolescentes. Tratou-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado em uma instituição pública de ensino fundamental do município de Fortaleza, em outubro de 2007, com discentes entre 10 e 13 anos. Como técnica de apresentação, utilizaram-se bombons variados e distribuídos aleatoriamente, em que cada participante procurou uma pessoa que tivesse o bombom igual ao seu. As duplas conversaram sobre si e, posteriormente, cada um apresentou o seu companheiro. Para uma melhor apreensão de conhecimento, organizaram-se pequenos grupos de alunos para a leitura de uma história em quadrinhos com a temática “Estatuto da Criança e do Adolescente”. Em seguida, houve uma leitura coletiva e pausada na qual as dúvidas surgiam, requerendo exemplificações relacionadas ao cotidiano por eles vivenciado. Foram ainda distribuídas folhas em branco para que os adolescentes escrevessem o que entendiam sobre violência, identificando o significado desse termo a nível pessoal cujas respostas foram lidas e expostas em forma de mural dentro da sala de aula. A partir das impressões do grupo, os acadêmicos palestraram sobre diversos tipos de violência existentes - doméstica, sexual, social, psicológica - e sobre a Lei Maria da Penha. Para findar a atividade, usou-se um caça palavras tanto como estratégia de fixação de conhecimento, quanto de processo avaliativo da oficina. A oficina ressaltou a importância dos conhecimentos sobre Violência em virtude de sua utilidade cotidiana, refletindo sobre os aspectos envolvidos por essa temática e a fase a qual vivenciam. |