Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título GARDNERELLA VAGINALIS: DETECÇÃO ATRAVÉS DA COLPOCITOLOGIA DE ROTINA
Autores
IVANA DANTAS DE ARAÚJO (Relator)
CLARANY ALVINO LEITE
FLÁVIA TORRES DA SILVA GUEDES
DIONI MEDEIROS DE SOUZA
CRISTINA COSTA MELQUÍADES BARRETO
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde da mulher
Tipo Pesquisa

Resumo
A presente pesquisa teve como objetivo investigar a prevalência de Gardnerella vaginalis em mulheres atendidas em uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Patos-PB. A vaginose bacteriana é a causa mais comum de corrimento vaginal em mulheres em idade reprodutiva (SHIMP, 2002). É caracterizada por uma alteração da microbiota vaginal. Os microrganismos envolvidos incluem G. vaginalis (principalmente), Mycoplasma hominis, Ureaplasma ureolyticum, espécies de Mobiluncus, Prevotella e outros anaeróbios (NAI et al., 2007). Não se trata de uma infecção sexualmente transmissível, apenas pode ser desencadeada pela relação sexual, em mulheres predisponentes, ao terem contato com sêmen que possui pH elevado (BRASIL, 2006). A principal manifestação é o corrimento vaginal delgado, homogêneo, branco-acinzentado, com odor fétido. Prurido, disúria e dispareunia são sintomas pouco freqüentes (NEVES, 2005); podendo ainda apresentar-se de forma assintomática. Foi realizado um estudo retrospectivo utilizando o livro de protocolo de entrega de resultados de exames citopatológicos cérvico-vaginais na USF Osman Ayres, na cidade de Patos, Paraíba, sendo revisados 671 resultados no período de julho de 2004 a abril de 2008. Destes, foram coletados os dados das pacientes com G. vaginalis, independente de sua associação com outros microrganismos (n=147). Os dados foram processados e analisados no programa Epi-Info, versão 3.3.2. A prevalência de G. vaginalis foi de 21,9% do total analisado, sendo que a freqüência desta bactéria isoladamente prevaleceu em 66,6% dos casos, G. vaginalis + Trichomonas vaginalis em 29,3% e G. vaginalis + Candida sp em 4,1%. Também foi observada alta prevalência de G. vaginalis e associações na faixa etária que vai de 30 a 39 anos (32%), reforçando ainda mais o papel fundamental do enfermeiro no aconselhamento e orientação destas pacientes.