Abordamos neste trabalho um relato de experiência realizado por acadêmicos de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri – URCA –, em que buscamos identificar, tratar e sensibilizar a população acerca da problemática, parasitoses na infância, em crianças de dois a oito anos de idade. Machado, Marcari, Cristante et al (1999) lamentam que apesar da alta freqüência de parasitoses e da morbidade pediátrica, ressaltam-se a escassez de estudos acerca do problema, visando um melhor dimensionamento e elaboração de medidas de combate por parte das autoridades sanitárias. A vivência se deu numa área adstrita do Programa Saúde da Família - PSF em Crato-ce. Foram coletadas amostras fecais para identificar parasitoses, vislumbrando o direcionamento do processo educativo realizado com crianças e seus responsáveis. O processo educativo desenvolvido com os pais foi uma roda de conversa, com dinâmicas que possibilitaram que esses se expressassem sobre o cotidiano das crianças e hábitos de higiene pessoal, alimentar e domestica. Com as crianças, o processo se deu com o uso de teatro de fantoches e cartazes estimulando sua participação efetiva. Villa e Cadete (2001) dizem que na prática profissional, o enfermeiro terá que exercer seu papel de educador, visando objetivos específicos que não podem estar descontextualizados da realidade dos envolvidos. Essas ações educativas exigem, portanto, a participação intencional do profissional, que deve ter preparo suficiente para atuar como agente transformador. Com relação aos exames laboratoriais coletaram-se 21 amostras fecais e dentre elas, 10 com positividade para algum tipo de parasitoses. A ação foi tida como eficaz, obtendo participação ativa da clientela, somando para o entendimento dos fatos abordados, visto que o processo foi interativo e reflexivo com uma ótica sujeito-sujeito. “Educador-educando estabelecem uma relação dialógica, na qual ambos se fazem sujeitos do seu processo”. (FREIRE, 1983, p.86). |