As discussões de questões ligadas à interface entre meio ambiente e saúde, tem sido relevante entre os diversos profissionais de saúde, principalmente pela concepção de que o ambiente está intimamente ligado ao processo de prevenção e cura. O presente trabalho objetivou investigar o manejo dos resíduos hospitalares, desde a coleta até o destino final. Estudo investigativo utilizando a técnica de observação, tendo como lócus duas unidades hospitalares públicas localizadas em Petrolina-PE e Teresina – PI. Os critérios utilizados referem-se à adequação dessas unidades às normas propostas pela RDC 306/04 e CONAMA 05/93. O processo foi observado desde a fase de acondicionamento de todas as classes de resíduos, até a fase a disposição final. Observamos em ambas as unidades um descumprimento das orientações contidas na resolução CONAMA 283/01 e RDC 306. 100% dos recipientes que acondicionavam resíduos não se encontravam devidamente identificados. Apesar de ter sido observado que em um dos hospitais, o descarte dos resíduos se deu de acordo com sua classificação, os mesmos foram incorretamente selecionados pelo serviço de limpeza em recipientes comuns. Ainda com referência à mesma equipe, constatamos a ausência de uso de Equipamentos de Proteção Individual desde a fase de coleta, até o seu tratamento dos resíduos em ambas as unidades estudadas. Apesar de integrar o discurso da maioria dos profissionais de saúde dessas unidades, a preocupação com a preservação do ambiente, o desenvolvimento de uma política de gerenciamento dos resíduos de saúde ainda se encontra em fase incipiente, constituindo-se em um dos riscos aos quais se encontram expostos profissionais e clientes. |