A amamentação exclusiva até os primeiros seis meses garante à criança alcançar o desenvolvimento e crescimento adequado. Por volta das décadas de 60 e 70, o governo brasileiro investiu em políticas de saúde e programas a favor da amamentação. Recentemente, através do Sistema Único de Saúde, foi proposto um sistema voltado à assistência primária, através das Unidades Básicas de Saúde e do Programa Saúde da Família. O novo sistema favoreceu uma maior interação da saúde com a comunidade, e o desenvolvimento de ações como orientações no pré-natal e o incentivo à amamentação. Para obter um aumento no índice de amamentação exclusiva e redução da mortalidade neonatal, é necessária a atuação de profissionais comprometidos. Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de Enfermagem da Universidade Federal do Amazonas, durante aulas práticas no Alojamento Conjunto (ALCON), quando se constatou a carência de informações das puérperas acerca do aleitamento materno. A partir daí, desenvolveu-se ações educativas, levando-as a compreensão da importância do aleitamento e suas especificidades. Depois de orientadas individualmente, conscientizaram-se da escassez de conhecimento e relacionavam à superficialidade e/ou ausência de orientações fornecidas pelos profissionais durante o pré-natal e maternidade, principalmente com relação ao tempo de amamentação em cada seio, pega correta, manuseio e cuidado com as mamas e constituição do leite materno. Em geral, constatou-se ser esta deficiência cumulativa e relacionada a dúvidas e influência de superstições, mitos e crendices populares que se avolumavam durante várias gestas e passagens pela rede hospitalar por ocasião do parto. Convém ressaltar que embora as orientações dadas no pré-natal sejam primordiais, os profissionais da rede hospitalar não podem ser omissos durante o puerpério. Portanto, mesmo que as orientações sejam fornecidas no pré-natal, estas devem ser reforçadas nos ALCONs. |