O refluxo gastroesofágico (RGE) ocorre em muitos bebês nas primeiras semanas de vida quando regurgitam uma ou mais vezes por dia, pouco tempo após a alimentação. Essa criança não apresenta sintomas, a evolução do ganho de peso é normal e as regurgitações cessam entre o sétimo e o oitavo mês de vida. Existe o refluxo fisiológico e o patológico, sendo este caracterizado pelo aparecimento de sintomas e lesões teciduais, que resultam do contato da mucosa com o refluxado, decorrentes de falha em uma ou mais das defesas do esôfago: barreira anti-refluxo, mecanismos de depuração intraluminal e resistência do epitélio. Sendo sua freqüência intensa, pode levar à desnutrição, esofagite e problemas respiratórios. Objetivou-se descrever a experiência vivenciada em um serviço de atenção básica nas consultas de puericultura, focando uma queixa freqüente de mães: regurgitação no lactente.Estudo descritivo, que relata a experiência vivida em estágio curricular supervisionado nos meses de abril e maio de 2008, em que, em média, cinco consultas de puericultura são realizadas no período de oito às onze da manhã, durante cinco dias da semana. Seguindo o Modelo de Atividade de Vida, diversos aspectos da gerente de saúde da família e o contexto onde vive são abordados. Dentre as dúvidas freqüentes, está a regurgitação no lactente. Primariamente a mãe foi incentivada quanto ao aleitamento materno, garantindo seus benefícios assim como a não contribuição do mesmo para o processo de refluxo. É fundamental a tranquilização por parte do profissional de enfermagem no sentido de que a maioria dos lactentes supera o RGE e que alterações conservadoras no estilo de vida são significativas no tratamento clínico dessa queixa. Considera-se, então a importância da participação, como estudante de enfermagem, das orientações às mães para medidas educativas colaborativas para o bom crescimento e desenvolvimento infantil. |