O acidente de trânsito é um grande problema de saúde pública que vem acometendo a cada dia os motociclistas, gerando impactos sociais, econômicos e políticos. Diante dessa complexidade, o estudo tem o objetivo de identificar o perfil sociodemográfico dos mototaxistas e investigar o comportamento destes no trânsito. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, realizada nos pontos de mototaxi em Fortaleza-CE, com 57 mototaxistas informais. As variáveis foram: idade, sexo, renda familiar e pessoal, escolaridade, estado civil, religião, naturalidade, atender celular conduzindo a moto, deslocamento no trânsito, seqüenciamento prévio da rota, vantagens do seqüenciamento, ultrapassagem, se algo desvia a atenção nas vias. Na análise dos dados foi utilizado o programa SPSS, versão 13.0, com a construção de tabelas e cálculo da freqüência. Foram seguidos os preceitos éticos e aprovado com o no 338/2006. Os 57 mototaxistas são do sexo masculino, 38,6% tinham idade entre 30 a 39 anos. Quanto a escolaridade, 47,4% concluíram o ensino médio, 54,4% eram casados, 42,1% tinham a renda familiar entre 3 a 4 salários mínimos e 45,6% possuíam a renda pessoal entre 1 a 2 salários mínimos. Na religião predominou a católica com 70,2% e 45,6% eram naturais de Fortaleza. Sobre o comportamento preventivo no trânsito, 96,5% dos mototaxistas não atende o celular ao conduzir a motocicleta; 63,2% executam estratégias proibidas ao realizar seu deslocamento no trânsito. Ao elaborar o seqüenciamento prévio da rota, 38% relatam que precisam conhecer a localização das ruas; 29,0% destacaram o ganho de tempo como vantagem do seqüenciamento, 29,0% destes disseram que agilizam a corrida; 59,6% realizam ultrapassagens de formas corretas; 54,4% relatam que “algo” no trânsito desvia sua atenção. Concluí-se que os mototaxistas informais utilizam algumas estratégias que favorecem o comportamento preventivo no trânsito, contudo algumas posturas adotadas se constituem risco para ocasionar e sofrer acidentes. |