Introdução: Inúmeros são os motivos que podem indicar a necessidade de internação do recém-nascido (RN) em uma Unidade de Internação Neonatal (UIN). Entre esses, cita-se a icterícia, caracterizada pela coloração amarelada da pele e outros órgãos, inclusive os olhos. Considerada importante enfermidade no período neonatal. Pode ser fisiológica e, nesse caso, cede nos primeiros dias após o nascimento; contudo, se persistir ou existir a suspeita de ser patológica, o RN é submetido à fototerapia, tratamento por meio da luz. Durante o procedimento o RN utiliza máscara de proteção ocular para prevenir possíveis agravos à retina causados pelos raios luminosos. Para a mãe que visita a UIN pela primeira vez, ver o RN com os olhos vendados sob luz intensa e contínua, pode parecer assustador, de acordo com sua percepção em relação ao tratamento, seus riscos e benefícios. Objetivos: Avaliar a percepção das mães do RN sob fototerapia e identificar quais suas inquietações acerca do tratamento. Metodologia: Estudo de caráter descritivo com abordagem qualitativa, desenvolvido na UIN de uma maternidade pública de grande porte em Fortaleza-CE, no período compreendido entre os meses de março e abril de 2008, com dez mães de RNs sob fototerapia na UIN. Foram observadas as diretrizes e normas regulamentadas pela Resolução 196, de 10/10/1996. Os dados foram coletados por meio de entrevista com as seguintes questões norteadoras: O que foi informado à senhora a respeito desse tratamento? Qual a sua maior preocupação acerca do tratamento fototerápico? Resultados: as mães apresentaram déficit de conhecimento acerca da fototerapia em face da insuficiência de informações sobre o tratamento e a maior preocupação da mãe é com a visão do RN. Conclusões: existe uma falha na comunicação entre a equipe de saúde e a mãe do RN sob fototerapia. Há necessidade de se conscientizar e sensibilizar a equipe multiprofissional para este fato. |