A esterilização feminina compreende em um ato cirúrgico, conhecido como laqueadura tubária, feita com anestesias gerais, que interrompe a passagem das trompas para o útero evitando o encontro de espermatozóide com o óvulo. Uma vez interrompido esse canal, evita-se a fecundação do óvulo e a gravidez. O presente estudo teve como objetivos: investigar a satisfação de mulheres com o uso de esterilização cirúrgica, averiguar os motivos pelos quais as mulheres utilizam tão frequentemente o único método irreversível, verificar os dados sócios econômicos das mulheres laqueadas e investigar o conhecimento delas a respeito desse tipo de método. Trata-se de um estudo exploratório de abordagem quantitativa. A população foi constituída por mulheres laqueadas assistidas nas unidades de Programa Saúde da Família-PSF, Cabedelo-PB. A amostra contou-se de 50 mulheres esterilizadas. A coleta de dados ocorreu no período de fevereiro e março de 2006, mediante a entrevista. Os resultados revelaram que em relação à faixa etária houve uma predominância, 28 (56%) entre 25 e 34 anos; 22 mulheres (44%) tinham dois filhos vivos à época da laqueadura tubária; 26 (52%) delas relataram o uso do método anticoncepcional oral como o mais utilizado; 23 (46%) alegaram o motivo para a tomada da decisão de realizar a esterilização cirúrgica devido o numero desejado/planejado de filhos; 27 (54%) das mulheres pesquisadas disseram que tomaram a decisão sozinha; 36 (72%) foi realizada a cirurgia durante cesárea do ultimo filho; houve uma alta prevalência (88%) de utilização de hospital públicos para a realização da laqueadura; 40% não referiu problemas posteriores atribuído a esterilização; 49 (98%) se declaram satisfeitas; 46 (92%) afirmaram que fariam outra vez a cirurgia;em fim, 40(80%) aconselhariam outras mulheres a submeter-se a laqueadura tubária. |