Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título PERCEPÇÃO DO AMBIENTE HOSPITALAR SOB A ÓPTICA DOS PACIENTES E ACOMPANHANTES
Autores
CECILIA COELHO XAVIER (Relator)
CHARLENE PEREIRA DE PAIVA LIMA
LARISSA EMANUELLA ALVES DA SILVA TORRES ARAÚJO
MANOEL SABINO DE SIQUEIRA SÃO THIAGO
PATRICIA AVELLO NICOLA-PEREIRA
Modalidade Pôster
Área Cotidiano da prática
Tipo Pesquisa

Resumo
A partir do século XIX, o ambiente hospitalar passou por mudanças significativas devido aos trabalhos de Florence Nightingale. O que antes era sinônimo de isolamento torna-se um local de restauração da saúde oferecendo melhores condições de vida aos pacientes. O ambiente hospitalar transforma-se, assim, em um instrumento terapêutico. Diante dessa análise, avaliou-se a impressão do ambiente hospitalar por pacientes e acompanhantes na clínica cirúrgica de um hospital público do município de Petrolina (PE). Os dados foram coletados através de uma entrevista semi-estruturada contendo sete perguntas aplicadas a seis pacientes e sete acompanhantes. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas com o consentimento explícito do sujeito. Posteriormente, destacou-se fragmentos relevantes aos objetivos do estudo. Quando questionados sobre a impressão do hospital, ao conforto proporcionado e a qualidade da assistência da equipe de saúde, 67% dos pacientes demonstraram satisfação em relação aos serviços prestados conforme as seguintes falas: “O banheiro está mais ou menos... é que eu sou filho de pobre, minha casa é de taipa”. Somente 33% relataram descontentamento: “As macas são duras, não tem ventilador e tem bastante muriçoca”. Todos os acompanhantes entrevistados demonstraram insatisfação em relação à impressão do hospital e ao conforto: “O banheiro é horrível, é um lixo. Vocês acreditam que tem até baratinha pequena voando? Formiga... não pode vacilar com nada. E a aranha... ontem a aranha estava nas costas dele”. Acredita-se que devido à condição social desfavorável e ao estado de saúde debilitado, os pacientes aceitam as precárias condições do ambiente, ao contrário dos acompanhantes que por não estarem vulneráveis conseguem ter uma visão mais crítica da situação. Outro fator relevante é que os entrevistados entendem que tal precariedade é natural em unidades públicas de saúde, isso pode ser um reflexo do baixo nível de instrução destes.