Introdução: Em países cuja desigualdade social é bastante pronunciada, o acesso da população às condições de vida e saúde é comprometido. Assim, a falta de acompanhamento profissional reflete-se na escassez de orientações necessárias à promoção do autocuidado. É nesse contexto que o enfermeiro deve promover estratégias de educação em saúde. Isso é imprescindível principalmente na gestação, pois neste período a mulher vivencia experiências novas e necessita de orientações para que sua gestação e puerpério sejam vivenciados de forma plena, com menos angústias e maior conforto. Objetivos: Oferecer atividades de educação em saúde para usuárias do serviço público de saúde que estejam vivenciando o puerpério, com intuito de favorecer a promoção da saúde. Metodologia: Nossas atividades foram realizadas semanalmente no período de outubro de 2007 a março de 2008 no Hospital Distrital Gonzaga Mota da Barra do Ceará, onde as puérperas presentes no alojamento conjunto foram sujeitos da intervenção. A clientela envolvida foi composta por 200 puérperas. Realizamos grupo de discussão, valorizando o diálogo e tendo como forma de registro o diário de campo. Resultados: observamos que independente das puérperas serem primíparas ou multíparas, os transtornos e as dúvidas geralmente estão presentes e se repetem para estes grupos. As queixas sobre ingurgitamento, dor mamária, ausência da apojadura do leite e o desentendimento sobre a realização de alguns procedimentos obstétricos foram freqüentemente relatadas. A ansiedade das puérperas foi percebida como uma reação ao internamento prolongado ou à exposição do seu filho a realização de alguns procedimentos. Conclusão: Apesar do conhecimento demonstrado por algumas puérperas, muitas necessitavam de informações reconhecidamente elementares, demonstrando dúvidas, transtornos e anseios que evidencia um déficit nas orientações repassadas durante a assistência pré-natal, comprometendo a saúde das mulheres no ciclo gravídico-puerperal. |