INTRODUÇÃO: Sabendo que as mulheres são altamente vulneráveis às DST, é compreensível afirmar que a população feminina encarcerada consolide um grupo de alto risco. Globalmente, são mulheres com histórico de prostituição, uso indiscriminado de drogas ilícitas e álcool, além de terem baixo nível socioeconômico e educacional. OBJETIVO: Analisar o nível de conhecimento de mulheres encarceradas com relação às DST. METODOLOGIA: O estudo caracterizou-se como descritivo e exploratório, de caráter quanti-qualitativo, realizado no Presídio Regional de Patos – PB. A instituição possui capacidade para 80 detentos, sendo que no momento apenas as mulheres a ocupam. Foram entrevistadas 14 internas, de um total de 17, utilizando-se um questionário semi-estruturado. A análise estatística guiou-se por métodos descritivos. ANÁLISE DE RESULTADOS: A maioria das participantes (43%) possuía idade entre 20 e 25 anos. Quanto ao estado civil, a metade era solteira, 7% casada e 43% viúva ou amasiada. Independente da faixa etária, a maioria tinha companheiro estável, e 13% possuía pelo menos 1 filho. Quanto ao grau de instrução, 50% relataram ter o ensino fundamental incompleto. No momento da entrevista, metade expôs não saber o que era uma DST. Porém, 78% citaram o nome de pelo menos 1 patologia, assim como as formas de se adquirir uma DST, sendo a relação sexual a maneira de transmissão relatada por todas as mulheres. Questionadas sobre os meios de prevenção, 72% consideraram o uso do preservativo masculino. Quanto ao conhecimento acerca do quadro clínico, 50% mencionaram corretamente pelo menos 1 sintoma relacionado a algum tipo de DST, e sobre a história pregressa, 85% negaram ter antecedente de algum episódio de infecção transmitida sexualmente. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados ratificam a importância da implementação de atividades de educação, prevenção e terapêutica durante o encarceramento. |