Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título GÊNERO EM ENFERMAGEM: PARADIGMAS PERPETUADOS
Autores
ALINE COELHO FONTES (Relator)
MARIA TERESINHA DE OLIVEIRA FERNANDES
Modalidade Pôster
Área Gênero e saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
Até o século XVIII, a mulher não tinha representatividade na sociedade. Na idade média, por sua relação intrínseca com a maternidade e o cuidado, a atenção aos doentes lhe foi atribuída, assumindo o papel de cuidadora principalmente freiras, viúvas e virgens. Com o idealismo iluminista, as religiosas foram expulsas dos hospitais e o pessoal que se apresentava para substituí-las era de classe social menos favorecida. Assim, a enfermagem teve seu início sendo desenvolvida por prostitutas, bêbadas, analfabetas e religiosas. O objetivo deste estudo foi levar a enfermagem a refletir e sensibilizar-se sobre sua condição histórica e cultural de opressão e submissão aprisionante tanto da mulher quanto da enfermeira. Tratou-se de um estudo bibliográfico, realizado de Fevereiro a Maio de 2008. O levantamento foi realizado através do Scientific Electronic Library Online. A estratégia de busca teve as seguintes combinações de termos: Identidade de Gênero. Enfermagem Profissional. Imagem da Enfermagem. Divisão Sexual do Trabalho. Enfermagem. Feminismo. Foram escolhidos 15 textos em língua portuguesa a serem interpretados. Os resultados evidenciam a necessidade de um momento de reflexão da enfermeira e de desenvolver consciência crítica e analítica a respeito da realidade profissional. As reflexões sobre a situação social da enfermagem apontam para uma tênue mudança na desvalorização da classe. Assim, o paradigma perpetua tanto na vida pessoal da mulher como na enfermagem, cuja cultura ainda, estigmatiza a figura da enfermeira com o estereótipo de símbolo sexual e assistente de médico.