Objetivamos construir um novo conhecimento da Enfermagem vislumbrando um trabalho de cunho científico apoiada na tecnologia desvelando o cuidado humanizado ao recém-nascido (RN) de risco, na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Tecnologia é resultado de processos concretizados a partir da experiência cotidiana e da pesquisa, para o desenvolvimento de um conjunto de saberes ordenados, organizados e articulados no processo de execução da prática. A utilização de tecnologias é também uma forma de cuidar na Enfermagem. Trata-se de uma pesquisa investigatória-descritiva, com abordagem qualitativa; tendo como referencial teórico-metodológico a Teoria Humanística de Paterson e Zderad, que enfatizam a Enfermagem como diálogo vivido em que a comunicação entre enfermeira/bebê deve ser direcionada para um cuidado atencioso, interagindo por meio do olhar, do toque, da fala e de ações transmissoras de tranqüilidade, conforto e segurança. O cenário foi uma maternidade pública, na cidade de Fortaleza-CE, no período de abril a maio de 2008. A análise dos dados foi realizada a partir de observação participante, a qual é caracterizada como experenciar e compreender a dinâmica dos atos e eventos, recolhendo as informações a partir da compreensão da realidade e assim refletir sobre a vivência da enfermeira e do seu cuidado como promotor de bem-estar e do estar-melhor. Percebemos que a humanização se faz presente mesmo com o uso de máquinas. A tecnologia é um processo vivencial, em que a enfermeira, por meio de uma assistência individualizada, avalia o paciente para amenizar seu sofrimento. Concluímos que cabe à enfermeira humanizar a tecnologia, tirar dela toda frieza e impessoalidade, torná-la aliada na busca de uma vivência menos dolorosa e estressante. A assistência não deve ser direcionada somente para condutas técnicas operacionais, mas para uma tecnologia associada ao acolhimento do RN de risco que está sendo cuidado em sua integralidade e respeitando sua individualidade. |