Este estudo sobre a sistematização da assistência de enfermagem (SAE), objetivou identificar e caracterizar a produção bibliográfica brasileira. Define-se a SAE como a metodologia de assistência utilizada pela enfermeira para identificar os problemas de saúde reais e potenciais do paciente/família ou comunidade, visando estabelecer diagnósticos e intervenções de enfermagem. As Teorias de Enfermagem sustentam epistemologicamente a SAE, refletindo assim uma organização do trabalho de enfermagem respaldado nos valores culturais dos usuários e preceitos éticos preconizados pela profissão. Esse modelo nas últimas décadas proporcionou aos enfermeiros inúmeras conquistas, tais como: um modelo, uma linguagem, uma legislação e alguns compromissos. Trata-se de uma revisão bibliográfica retrospectiva baseada nas publicações dos últimos vinte e sete anos, utilizou-se o banco de dados Bireme-Lilacs e obedeceram-se as normas da ABNT Os dados foram armazenados e, posteriormente, analisados. Para tanto, considerou-se os seguintes critérios: ano de publicação, a metodologia utilizada, tipo de publicação, veículo de publicação, enfoque da publicação e a especialidade clínica pelo qual era relatada a prática de enfermagem sistematizada. Os artigos pesquisados foram, predominantemente, publicados entre os anos de 2000 e 2007 (56,6%), eram em sua maioria análises qualitativas (69%). Ressalta-se ainda, que 33% das publicações enfocavam a importância da SAE, sendo que a especialidade clínica em que a SAE foi mais utilizada foi à cardiologia visto que as cardiopatias têm incidência significativa, sendo a principal causa de morte em todo o mundo. A realização desta pesquisa pôde nos remeter também a uma carência na produção de conhecimento sobre a temática vigente, principalmente entre os anos de 1980 a 1993. Portanto, pode-se proferir que a SAE é o caminho para a humanização do processo de cuidar, além de possibilitar à enfermagem diferencial, visibilidade e, principalmente, autonomia. |