Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM CRIANÇAS
Autores
WILLIAM CASSIO RODRIGUES MOREIRA (Relator)
SILVANA SANTIAGO DA ROCHA
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde da criança e adolescente
Tipo Pesquisa

Resumo
As intoxicações representam um dos principais tipos de acidentes envolvendo crianças e alcançam uma dimensão preocupante. Diante desta realidade, este trabalho teve como objetivo destacar a relevância das ocorrências de intoxicações medicamentosas em crianças brasileiras menores de cinco anos, e sugestionar como se pode enfrentar este problema. Realizou-se uma revisão bibliográfica com base no banco de dados LILACS, onde foram encontrados 32.896 artigos sobre intoxicações, dos quais 2.151 referiam-se a medicamentos e 17 eram específicos a crianças. Estudos realizados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) mostraram que em um ano são registrados no Brasil mais de 80 mil casos de intoxicações. Dentre os agentes tóxicos destacam-se medicamentos, agrotóxicos, produtos veterinários, domissanitários, produtos químicos industriais, plantas, alimentos, animais peçonhentos e outros. Os medicamentos respondem por, aproximadamente, 28% dos casos de intoxicação humana registrados; atingindo principalmente crianças menores de cinco anos, que representam 35% do total. O maior número de casos destas intoxicações ocorre com descongestionantes nasais, anticonvulsivantes, expectorantes, analgésicos, broncodilatadores, ansiolíticos, anti-histamínicos, corticosteróides e contraceptivos orais, sendo os três primeiros responsáveis pela maioria dos óbitos registrados. As intoxicações medicamentosas infantis representam um grave problema de saúde pública, que necessita de intervenções no campo da prevenção e promoção onde a enfermagem atua. Além de campanhas educativas junto a crianças e responsáveis, é importante a adoção em nosso país da Embalagem de Proteção à Criança (EEPC) em medicamentos e produtos químicos de uso doméstico que apresentem potencial risco à saúde, educação pública permanente e estabelecimento de Centros de Controle de Intoxicações.