INTRODUÇÃO: A hipertensão arterial está incluída na lista das diversas doenças crônicas não-transmissíveis como uma das que mais teve aumento nas últimas décadas e que se tornou responsável por inúmeros óbitos no Brasil. Pesquisas mostram que mudanças no hábito de vida são comprovadamente eficazes na redução da pressão alta, contribuindo para a queda de riscos cardiovasculares. OBJETIVOS: Conhecer o perfil sócio-demográfico, e analisar o conhecimento e as práticas relacionadas ao autocuidado de hipertensos assistidos em uma USF. METODOLOGIA: O estudo caracterizou-se como descritivo-exploratório, quanti-qualitativo, realizado em uma USF do município de Patos-PB. Foram entrevistados 20 indivíduos, através de um questionário semi-estruturado. Os dados coletados receberam análise estatística. ANÁLISE DE RESULTADOS: A faixa etária variou de 21 a 60 anos, sendo a maioria (60%) com idade ≥60 anos, como também os solteiros e os não-brancos. Quanto à escolaridade, 45% são analfabetos, 35% disseram ter o 1° grau incompleto e 20% o 1° grau completo. Da amostra selecionada, 80% afirmaram terem sido informados acerca da hipertensão pelo médico. A renda em domicílio variou de 1 a 3 salários mínimos (95%). A maioria não soube definir hipertensão arterial, associando o seu conceito às conseqüências da própria patologia. No geral, compreendem as complicações da hipertensão, porém alguns não consideram necessário tratar ou controlar a doença. Quanto às práticas de controle, 85% realizam alguma restrição alimentar e 60% recorrem à atividade física, especialmente a caminhada, adotada por 55% dos entrevistados. CONCLUSÕES: Observou-se que os pacientes desconhecem aspectos importantes da hipertensão, possibilitando gerar práticas de controle distorcidas. Considerando que todos já tenham recebido alguma orientação sobre a patologia em questão, caberia aos profissionais de saúde reorganizar seus métodos de educação em saúde. |