Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título PERCEPÇÃO DE VULNERABILIDADE E RISCO DE ADOLESCENTES DO SEXO MASCULINO FRENTE ÀS DST E AIDS
Autores
ANA CAROLINA LOBO DOS SANTOS (Relator)
FABIANE DO AMARAL GUBERT
NEIVA FRANCENELY CUNHA VIEIRA
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde da criança e adolescente
Tipo Pesquisa

Resumo
O advento da AIDS foi responsável por mudanças significativas no campo da saúde. Além disso, acarretou a discussão sobre comportamentos associados a crenças, valores, mitos e preconceitos por tratar-se de uma doença relacionada à atividade sexual. Estima-se, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, que cerca de 50% das novas infecções pelo HIV no mundo estão ocorrendo na adolescência. No Brasil, dados do Ministério da Saúde comprovam que mais de 70% dos casos de AIDS correspondem a indivíduos na faixa etária entre os 20 e 39 anos, sendo que uma parcela considerável contraiu o vírus na adolescência. Percebe-se então, a importância da população adolescente no rol de preocupações para prevenção de HIV/AIDS. Quanto se trata do universo masculino esta situação mostra-se mais alarmante, uma vez que, segundo estudos realizados, os homens, de maneira geral, sofrem forte influência das crenças e mitos trazidos pela cultura masculina para suas atitudes e decisões na vida sexual. O objetivo desta pesquisa foi investigar junto aos adolescentes do sexo masculino suas percepções de vulnerabilidade e risco em relação às DST/AIDS, e a sua influência nos comportamentos e atitudes na vida sexual. Esta pesquisa é do tipo qualitativa, fundamentada no Modelo de Crenças em Saúde (Health Belief Model). O cenário do estudo foi uma escola pública localizada no município de Fortaleza-CE. A coleta de dados foi realizada a partir de uma entrevista semi-estruturada e deu-se nos meses de maio e junho de 2008. Percebemos que os jovens, de maneira geral, sentem-se em risco para as DST e AIDS, porém as informações que eles possuem acerca dessas doenças são falhas. A influência da cultura masculina mostrou-se presente na vida desses jovens de forma a aumentar a vulnerabilidade a essas doenças. É relevante a elaboração de estudos que possam levar a estratégias de promoção da saúde e educação em saúde que, por sua vez, possam servir como base para intervenções preventivas junto a este grupo.