No contexto da gravidez, percebemos que um dos assuntos importantes a serem discutidos é o Aleitamento Materno (AM), que traz vantagens ao binômio mãe-filho, além da família. Apesar da sua importância, as taxas de amamentação no Brasil ainda são baixas, em especial a da amamentação exclusiva até o 6º mês de vida, que é o período preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Por essa razão, as ações de promoção e apoio à amamentação devem se configurar como elementos estratégicos da política de saúde, contemplando fatores que interfiram nesta prática, pois sabemos que o AM pode ser influenciado por fatores sociopsicoculturais. Dentro da atual ênfase de que a opinião e o incentivo das pessoas que cercam a mãe, incluindo as avós da criança, estão entre esses fatores que causam o desmame precoce, foi realizado um estudo do tipo descritivo - exploratório com abordagem quantitativa durante o 2º semestre de 2005 em uma comunidade do Cabo de Santo Agostinho pertencente a área de cobertura do Programa de Saúde da Família (PSF) de Sapucaia, com o objetivo de avaliar a influência das avós no AM. No período de seleção da amostra, todas as mães com filhos de seis meses completos de idade que estivesse amamentando-os, ou não, foram consideradas elegíveis para a inclusão no estudo. Os dados foram coletados a partir de um formulário de entrevista feita no domicílio, composto de perguntas objetivas aplicadas à amostra constituída por 15 nutrizes. Os resultados do presente estudo pode-se concluir que as avós podem, de certa forma, influenciar negativamente na duração e na exclusividade da amamentação. Fato este que não pode ser desconsiderado, devendo planejar atividades de promoção do AM tanto no período pé-natal, como no parto e puerpério com participação não só da mãe, mais também de toda a sua família. |