Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título CÂNCER CONGÊNITO METASTÁSICO RARO EM UNIDADE NEONATAL: ESTUDO DE UM CASO
Autores
CLARIGLEIDE MENEZES DE LIMA (Relator)
GIRLENE DE ALBUQUERQUE ARRUDA
RAPHAELA PRESBYTERO REIS
DJNANE MOURA DA SILVA
SALOMÃO PATRÍCIO DE SOUZA FRANÇA
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde da criança e adolescente
Tipo Relato de experiência

Resumo
O neuroblastoma é uma forma de câncer formado por neuroblastos que fica localizado na glândula supra-renal. Representa o tipo de câncer com menor potencial de curabilidade, com chance estimada de até 10%. A menor curabilidade é obtida em crianças com idade acima de um ano e doença disseminada a esqueleto e medula óssea. Metade dos casos de neuroblastomas ocorre em crianças com menos de dois anos de idade (25%abaixo de um ano) e cerca de 3/4 nos primeiros quatro anos de vida, sendo a idade média ao diagnóstico ao redor de dois anos, o neuroblastoma ao nascimento é uma das doenças mais raras do mundo. Esta pesquisa foi caracterizada como estudo de caso, com método descritivo. Trata-se do recém-nascido de I.N. do sexo masculino, peso de nascimento 3195 gramas, 51 centímetros. A genitora realizou pré-natal e o paciente nasceu com 40 semanas. O recém-nascido chorava ao nascer, com registro da escala de Apgar de 8 e 9 no primeiro e quinto minutos respectivamente. No décimo minuto de vida apresentou-se hipocorado, convulsionando,dispnéico e letárgico. Foi iniciado oxigenoterapia e solicitado transferência para referência em atendimento de neonatos de alto risco. Durante o transporte apresentou piora do quadro. Com 4 horas de vida apresentou parada cardiorespiratória, realizado manobras de ressussitação sem sucesso, apresentando óbito em seguida. O corpo foi encaminhado para necrópsia que diagnosticou neuroblastoma rôto na suprarenal esquerda com hemorragia para a cavidade abdominal, com metástase no fígado. Ressalta-se aqui a importância do pré-natal bem acompanhado para o diagnóstico precoce destes casos e preparação antecipada dos pais, que mostraram-se surpresos e desestabilizados com diagnóstico do filho. Conclui-se desta forma que o enfermeiro deve está preparado para o atendimento desde o pré-natal, referenciando as pacientes de alto risco, assim como para o acompanhamento do recém-nascido grave na rede de referência, não subestimando o apoio aos pais.