Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título A ENFERMAGEM NO CAPS: MANEIRAS PARA A (RE)CONSTRUÇÃO DO RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO
Autores
SAUL DE MELO IBIAPINA NERES (Relator)
LUCÍOLA GALVÃO GONDIM CORRÊA FEITOSA
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde mental
Tipo Monografia

Resumo
Com o desenvolvimento deste trabalho, percebe-se que o grande avanço da Reforma Psiquiátrica Brasileira em sua formulação de modelo assistencial psiquiátrico brasileiro e hospitalocêntrico deixa transparecer a permanência da modalidade hegemônica de atenção e educação em saúde. Na teoria verifica-se o posicionamento positivo desse movimento e na visão de Feitosa (2007) representam uma forma de cuidado que pretende romper os muros através da humanização em Enfermagem. Neste direcionamento este trabalho procurou responder à seguinte pergunta: como tem sido o relacionamento terapêutico na atuação da enfermeira nos CAPS’s? Traçamos como objetivos específicos, a compreensão do papel desempenhado pela enfermeira, a verificação da existência de atividades peculiares à mesma na promoção do relacionamento terapêutico seguida de uma análise sobre os recursos e estratégias utilizadas no cotidiano dos CAPSi e dos CAPSad de Teresina-PI e de Timon-MA. A pesquisa é de natureza qualitativa com entrevista semi-estruturada e a observação participante se deu no período de coleta dos dados nos meses de fevereiro e abril de 2008. Constituíram-se como sujeitos da pesquisa 05 enfermeiras analisadas pelo parâmetro em 03 categorias diferenciadas. A análise das informações aponta que a práxis de enfermagem ainda está se estruturando refletindo dificuldades, tendo em vista a forma de atendimento no CAPS, ser multiprofissional e exigir um bom relacionamento terapêutico com o paciente e sua família. Em virtude de vários fatores, como a própria carência na formação acadêmica onde a subutilização destes princípios certamente tem contribuído. Contudo, segundo se observa na prática de enfermagem em saúde mental, muitos enfermeiros ainda não conseguiram estruturar o seu trabalho nos novos serviços, em virtude da convivência com as limitações impostas por uma formação que transita entre o modelo biológico-tecnicista e a busca de uma formação humanista.