A adolescência é um período de transição que acarreta importantes modificações bio-psico-sociais. A educação sexual, enfocando DST/AIDS, prepara os adolescentes às mudanças no âmbito fisiológico, emocional, social e na prevenção de riscos. Essa ação educativa deve proporcionar aos jovens uma assistência integral, suscitando a participação por meios didáticos, favorecendo o processo de ensino-aprendizagem. A inclusão do recurso tecnológico surge como uma ferramenta da educação em saúde na promoção do auto-cuidado do adolescente. A adolescente devido ao processo de feminização da AIDS e à problemática das questões de gênero, necessita de uma abordagem especial na dimensão da sexualidade, na compreensão do sexo e no domínio do corpo biológico e social para favorecer o desenvolvimento do comportamento seguro e autônomo. O estudo objetiva: conhecer percepções das adolescentes sobre AIDS, DST e sexualidade; promover estratégias de educação em saúde que atendam as necessidades dessas jovens na tomada de decisões; motivar à criação de um recurso tecnológico leve pelas adolescentes; promover comportamentos sexuais seguros. Estudo descritivo, convergente-assistencial, realizado em uma Escola de Ensino Fundamental de Fortaleza-CE, entre novembro a janeiro de 2007-2008, em adolescentes de 12 a 16 anos. Com base no desenvolvimento de seis oficinas educativas. As adolescentes manifestaram conhecimentos acerca dos riscos à saúde na relação sexual desprotegida, porém não tinham esclarecimentos específicos sobre DST/AIDS e formas de prevenção. Ficou em evidência o medo, o constrangimento de falar sobre sexo e assuntos que abordassem sexualidade, e a comprovação do início precoce da vida sexual. Essas jovens, portanto, carecem de informações suficientes para promover uma vida sexual segura e que as estratégias educativas com grupos são ferramentas de suma importância no aprendizado dessas, sendo instrumento capaz de transformar e promover interação e crescimento das participantes. |