A internação no ambiente hospitalar geralmente causa no indivíduo temor, pois este ambiente remete a restrição da liberdade associada à possibilidade de um período de internação longo ou até mesmo a seqüela ou morte. Diante deste contexto torna-se viável a implementação da humanização nas práticas de enfermagem, mas no primeiro contato com a unidade hospitalar, observamos o(a) enfermeiro(a) como “um administrador”, ocupa-se da manutenção de equipamentos, mesas, bandejas, papéis, entre outras rotinas. Resolvemos investigar como os clientes percebem a humanização no ambiente hospitalar, analisando na falas destes os fatores que interferem na assistência humanizada. A abordagem foi exploratória utilizando os preceitos da pesquisa quanti-qualitativa. A maioria dos clientes (57,1%) está internada há pelo menos 20 dias, portanto afastado da sua vida corriqueira, mais de 50% dos pacientes declaram que foram bem recebidos, 57,1% dos profissionais que fazem a admissão dos clientes no hospital são médicos e apenas 28,6% das admissões são feitas por enfermeiras. A totalidade dos clientes relata que se sentem acolhidos, mas 42,8% relatam como fator interveniente na relação com a(o) enfermeira(o): impaciência, insegurança, falta de tempo, nervosismo, stress, comportamento inadequado, e sugerem mudanças que envolvem o ambiente do cuidado, que deve ser um a ambiente terapêutico; organizado para atender as necessidades dos clientes, oferecendo assim condições para a cura. Sugerimos que sejam implementadas medidas que favoreçam a implantação do ambiente terapêutico no ambiente hospitalar, que englobam desde o meio ambiente até adequado recursos humanos. |