Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título O PROCESSO DE EVITAMENTO DO CITOPATOLÓGICO NA PERSPECTIVA DE USUÁRIAS DE UM SERVIÇO DE SAÚDE
Autores
FABIANO ROSSI SOARES RIBEIRO (Relator)
EMANUELLA PEREIRA DE LACERDA
LÓ LIMA LAGO
MAILSE GLEISER SOUSA DE AZEVEDO
ROSE MARY SOARES RIBEIRO
Modalidade Pôster
Área Enfermagem na saúde da mulher
Tipo Pesquisa

Resumo
O câncer de colo do útero tem ocupado um lugar de destaque nas taxas de mobimortalidade entre a população feminina, especialmente nos países em subdesenvolvimento. A abordagem mais efetiva para a redução deste câncer é a investigação pelo exame citopatólogico cervical (Papanicolaou). O qual não é somente uma maneira de diagnosticar a doença, mas serve principalmente para determinar o risco de mulher vir a desenvolver o câncer. Este estudo procurou conhecer a visão das mulheres, usuárias de um serviço de saúde, sobre o exame citológico. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, de natureza qualitativa com o objetivo de analisar os significados que estas mulheres atribuem ao exame e as influências do meio social e de fatores pessoais na elaboração deste significado. Utilizou-se para a coleta de dados um questionário semi-estruturado com questões relativas aos objetivos do estudo, a uma amostra de 14 usuárias da Unidade Básica de Saúde de São José de Ribamar-MA, no período de janeiro a março de 2007. Os resultados das informações coletadas demonstraram os fatores determinantes para o processo de evitamento, dentre os quais evidencia-se os mais importantes: fatores culturais de desvalorização da feminilidade, educação sexual inadequada, desconhecimento, medo, vergonha em relação aos genitais e ao exame citológico. Através dos resultados obtidos nas entrevistas, foi proposta uma representação social denominado “Evitamento do exame citológico”, bem como os fatores que podem reforçá-lo. Diversas ações foram propostas para ajudar o profissional a lidar com este processo, principalmente através da criação de espaços de informação, reflexão sobre o corpo e sexualidade, dirigida não só as mulheres adultas como também as crianças e adolescentes.Neste sentido, acreditamos que o profissional mais que tentar modificar os comportamentos, deve trabalhar no sentido de criar condições para que a mulher possa repensar os significados que atribui à sua genitália.