RESUMO
A Leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, crônica caracterizada por febre irregular, hepatoesplenomegalia, anemia e leucopenia. É causada por um protozoário (Leishmania chagasi), acometendo o homem e outros animais, sendo transmitida por um mosquito do gênero Lutzomia. Teresina é considerada área endêmica para Leishmaniose, registrando vários casos por ano, com alta letalidade. Dependendo do estágio da doença, o paciente requer cuidados médicos de maior ou menor intensidade, tendo o enfermeiro um papel importante no cuidado, tratamento e prevenção da doença. O presente estudo de revisão tem por objetivo, complementar conhecimentos sobre a doença. Foram utilizados como fonte de referências, os casos notificados pela FMS/SINAN em Teresina no período de 2000 à 2006, as bibliografias específicas sobre parasitologia e artigos sobre o tema. Os estudos indicam que a doença vem assumindo um perfil epidemiológico tipicamente urbano, associado ao crescimento desordenado das cidades, falta de saneamento básico e destruição das áreas verdes. Quanto ao tratamento dos doentes, ainda está baseado em uma única droga (GLUCANTINE) e o sucesso depende da agilidade do diagnóstico. A prevenção exige que os casos humanos sejam diagnosticados e tratados, que os cães positivos sejam retirados, para eliminar as fonte de infecção do mosquito, e que o combate ao transmissor seja executado com o uso de inseticidas ou através de outras técnicas. Quanto às medidas de controle, ainda não se chegou a um consenso sobre qual a melhor forma de combate, sendo, portanto, recomendado, utilizar as duas práticas: retirada dos cães positivos e combate ao vetor. |