O curativismo e a lógica médico-privatista na qual se centra boa parte da população adscrita pela Estratégia de Saúde da Família, requer dos serviços de atenção básica ênfase na educação como instrumento de transformação social. Este trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva e analítica, de natureza básica e abordagem qualitativa, que tem como objetivo geral identificar as temáticas prioritárias que demandam atividades educativas no âmbito da Estratégia de Saúde da Família, conforme concepções de diferentes atores sociais. Os sujeitos do estudo foram Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do Centro de Saúde Lia Bezerra, bem como estudantes da Escola Estadual Joaquim André, no bairro José e Maria, município de Petrolina-PE. A priori, houve pactuação prévia com a direção da escola, onde acadêmicos de Enfermagem elegeram conjuntamente para iniciar suas interações as temáticas “Gênero, Sexualidade, Gravidez na Adolescência e IST”. Após as oficinas, os alunos elencaram novos assuntos de sue interesse, pontuando principalmente: Primeiros Socorros, Aborto, Orientação Profissional e Aids. Já em reuniões na unidade de saúde, foram priorizadas novas temáticas pelos ACS, quais sejam: Hepatites Virais, Dengue, Higiene, Auto-Medicação e Qualidade de Vida. Com base nas opiniões, estruturou-se uma Feira de Saúde com oficinas e ações como tipagem sanguínea e orientações nutricionais. Assim, a oportunidade contribuiu para valorização das percepções dos sujeitos imbricados na realidade local e para o estreitamento de vínculos entre universidade/serviços de saúde/escola. |