Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS: CÓDIGO FACILITADOR DO ATENDIMENTO DE SAÚDE AO SURDO
Autores
ANA PAULA DO ROSÁRIO FERREIRA (Relator)
MARIA LÚCIA COSTA
ERICKA SOUZA DO CARMO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Outros
Tipo Pesquisa

Resumo
Considerando que a comunicação é fundamental para que haja um vínculo entre o profissional de saúde e o seu cliente, faz-se necessário discutí-la durante o atendimento de saúde, em especial ao surdo por intermédio da língua de sinais. No Brasil, as comunidades surdas utilizam a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que é definida por Rinaldi (1997) como um sistema convencional de sinais estruturado da mesma forma que as palavras das diferentes línguas naturais, permitindo a expressão de qualquer conceito ou significado decorrente da necessidade comunicativa e expressiva do ser humano (BRITO 1997). O estudo teve como objetivos discutir a comunicação por intermédio da LIBRAS como código importante no atendimento de saúde aos surdos; investigar como se estabelece a comunicação entre os profissionais de saúde e os surdos durante o atendimento, identificando as facilidades e as dificuldades manifestadas nessa comunicação. Para tal, foi realizada uma pesquisa qualitativa – descritiva com dados coletados a partir de uma entrevista semi-estruturada, com sete surdos, no Instituto Professor Astério de Campos, sendo as perguntas e respostas traduzidas pelo intérprete de LIBRAS. Os dados coletados foram processados por meio de categorização de resultados que evidenciaram uma série de dificuldades na comunicação entre o surdo e o profissional de saúde, tais como não compreender a fala, não conseguir oralizar ou sequer interpretar a escrita dos profissionais. Outro aspecto bastante evidente nas falas dos informantes refere-se ao grande anseio em encontrar profissionais capacitados para atendê-los devidamente, que saibam LIBRAS, ou que pelo menos tenham o interesse e disponibilidade em aprender. Desse modo, a comunicação com os surdos surge como um desafio aos profissionais que lhes prestam atendimento nos serviços de saúde, visto que o valor fundamental da linguagem está na relação em que as pessoas se fazem entender umas às outras.