Os acidentes ocupacionais envolvendo material biológico potencialmente contaminado devem der tratados como casos de emergência médica, com o propósito de evitar a disseminação do vírus HIV, Hepatite B e C no ambiente de trabalho hospitalar. O objeto do estudo é a ocorrência/registros de acidentes com material biológico de profissionais expostos – Exposição Ocupacional num Hospital Universitário na cidade do Rio de Janeiro. Os objetivos são: quantificar os casos de acidentes ocupacionais envolvidos com material biológico; identificar o perfil do grupo de profissionais vulneráveis; analisar as características dos acidentes ocupacionais envolvendo material biológico neste ambiente hospitalar. Trata-se de um estudo exploratório e documental com abordagem quantitativa. Foi realizado num Hospital Universitário do município do Rio de Janeiro. Obteve a aprovação do Comitê de Ética no dia 11 de outubro de 2007. Foi realizado o levantamento da ocorrência de 53 acidentes de janeiro de 2005 a setembro de 2007. Constatou-se que os profissionais mais acidentados com material biológico neste hospital, pertencem predominantemente ao sexo feminino (82%), têm entre 19 e 25 anos (30,2%), é profissional de enfermagem do nível médio (32%) e afirma estar vacinado com as 3 doses para Hepatite B(55,6%). O mês de maior prevalência é abril (17%), durante o serviço diurno (90,5%) e notificando o acidente dentre as duas primeiras horas(79,2%). O tipo de exposição é a per cutânea (78,5%), envolvendo sangue (81,5%) e os dedos da mão (67,3%) durante o recapeamento de agulhas (19%). A respeito da situação sorológica da fonte, são pacientes sabidamente portadores do vírus da imunodeficiência humana(41,5%). Deste estudo depreende-se que os profissionais do referido hospital estão insistindo na prática de hábitos viciosos, não atendendo ao que a literatura preconiza e aponta em outros estudos de mesma abrangência. |