De acordo com Netto (2002), hoje há um crescimento mais elevado da população idosa em relação aos demais grupos etários. No Brasil, a porcentagem da população idosa cresceu de 4%, em 1940, para 9%, em 2000. Também houve aumento na proporção da população mais idosa (acima de 80 anos). A queda da mortalidade é um processo que se inicia no momento do nascimento e altera a vida do indivíduo, as estruturas familiares e a sociedade. Esse aumento trouxe importantes conseqüências, como o fato de deixar de ver a velhice simplesmente pelo prisma biofisiológico, mas sim compreender que problemas ambientais, sociais, culturais e econômicos também atuam nesse processo.
No Brasil e no exterior, as informações sobre morbidade por causas violentas em idosos são pouco consistentes, alguns autores estimam que cerca de 70% das lesões e traumas sofridos pelos idosos não estão incluídos nas estatísticas (Chavez, 2002).
A epidemiologia evidencia os indicadores com os quais o sistema de saúde mede a violência no cotidiano da vida, das instituições e do próprio Estado. Para isso, usa o conceito de causas externas para se referir às resultantes das agressões e dos acidentes, traumas e lesões; e violência referente aos processos, às relações sociais interpessoais, à diferentes formas, métodos direta ou indiretamente, causando aos idosos danos físicos, mentais e morais. As violências contra idosos, também são denominadas maus tratos e abusos. Esse conjunto de termos se refere a abusos físicos, psicológicos e sexuais; assim como a abandono, negligências e abusos financeiros. Sendo a negligência a mais presente tanto em nível doméstico quanto institucional. Dela advêm, lesões e traumas físicos, emocionais e sociais. ( MINAYO, 2003). Com base nessas informações foi realizado um levantamento na Secretaria Municipal do Idoso à respeito do número de denúncias entre os anos de 2002 a 2007 na cidade de Londrina. |