As úlceras por pressão (UP) compreendem um sério problema para pacientes acamados durante o período de hospitalização. A manutenção da integridade da pele de pacientes acamados é uma das competências básicas de enfermagem e a presença das UPs têm sido apresentadas como falha da assistência ou assistência inadequada, que uma vez instalada expõe o paciente à maior risco de co-morbidades, infecção, e às vezes, incapacidades. Visando essa qualidade no cuidado prestado ao paciente, a National Pressure Ulcer Advisory Panel (NPUAP), desenvolveu o Pressure Ulcer Scale for Healing (PUSH), que em 2005 foi traduzido e adaptado para a língua portuguesa por Santos et al. (2005). Trata-se de um estudo exploratório-descritivo realizado em um Hospital Público da cidade de Manaus, no período de janeiro a junho de 2008, onde oito casos foram acompanhados aplicando o PUSH e fotografados semanalmente. Dos oito casos acompanhados nas Unidades de Internação, apenas uma UP teve cicatrização completa, três pacientes receberam alta com presença de necrose e os outros três evoluíram a óbito sem terem a cicatrização da UP. Esse estudo possibilitou compreender as principais deficiências no exercício da enfermagem a pacientes com UP, a saber: a falta da sistematização da assistência a pacientes com feridas, a falta de conhecimento sobre a fisiopatologia da UP, a falha na técnica para a realização dos curativos e uso indiscriminado de produtos tópicos para o tratamento de feridas, muitas vezes usados em associações nunca citadas na literatura. Acreditamos que essas deficiências, associadas às condições clínicas do paciente, levaram ao insucesso da cicatrização da maioria dos casos e que se faz necessário a implementação da sistematização no tratamento de pacientes com UP, na tentativa de obter uma avaliação concreta sobre o processo de cicatrização dessas feridas. |